quinta-feira, 10 de maio de 2012

O erro é meu, o pecado é dele.


Mais amor é o que eu peço. Aliás todo mundo pede isso, grita por isso nem que seja no íntimo do ser.
Porque mesmo aqueles que dizem que amam, agem com mais falta de amor do que qualquer Leão faminto na África.
Sim, eles rugem ferozes e partem pra cima das presas.
O leão feroz sou eu. É você.
Cristão auto-suficiente, que não peca. Sua função é Apontador de erros. Alheios claro.
É “trabalhar pra Cristo” como se ele precisasse de escravo, como se ele precisasse de alguém que julgasse por ele.
Ele exige de nós menos que isso. Mais essência e menos papel de ridículo no reino.
Leões ferozes são aqueles que decoram a palavra, que a tem prontamente na ponta da língua. Problema nisso? Nenhum.
Exceto quando a motivação por saber da palavra seja apenas pra exortar, e ferir pessoas, expor erros escancaradamente sem dó (afinal, quem contrariará a palavra de Deus não é mesmo?).
A palavra de Deus é viva e eficaz, cortante como uma espada de dois gumes na vida do irmão lá, não na minha.
Eu conheço a palavra, mas não pra ver meus próprios erros. Até porque eu não erro. Tá eu erro. Mas não como tal pessoa.
O que eu tenho pra dizer é: “Se todos recebessem o que mereciam ninguém escaparia do açoite. Não há um justo, não há ninguém com a ficha limpa.”
Há os que se acham seguros debaixo da religião. E que por mais que digam que não estão, que se declarem livres dela, e pregarem contra ela, não conseguem enxergar o quanto esse sistema os ferrou e pegou de jeito. Tanto que enganam a si mesmos achando que estão livres dela, quando na verdade estão mais dentro do que nunca.
Misericórdia e não sacrifício. É o que a Bíblia diz, e o que pregamos.
Mas nos sacrificamos em nome de Cristo, não sei qual, e misericórdia é uma característica quase rara.
Somos tão bíblicos que só faltamos arrancar o olho e a mão do irmão literalmente fora. É uma misericórdia muito grande mesmo.
Eu sei que o pecado nos afasta de Deus, e que ele faz mal ao ser humano, mas ainda assim. O bom comportamento alheio não justificará as bençãos do nascer do sol sobre ele, até porque o sol também nasce pra mim, pecadora que sou.
Existe algo que nunca vou entender. Se a igreja é onde eu preciso ir quando peco, se ela é “um hospital de pecadores” porque quando peco “mais gravemente” (segundo os julgamentos humanos, porque divinamente somos todos tão podres quanto e igualmente imerecedores do amor de Deus) eu devo me retirar dela?
Porque nas entrelinhas eles dizem “Você pecou? então aqui não é o seu lugar, se retire por favor! Eu prefiro ficar com fulano que peca menos.”
Não quero ser livre pra pecar e esse post não é desculpa pra isso. O pecado realmente é destrutível e corrói o ser humano.
Mas acredito que ser consumidor de igreja e dependente dela pra se sentir melhor como pessoa seja tão destrutível quanto.
Jesus basta.
[Joyce Adeline]                                                                                                      http://joyceadeline.wordpress.com/                            

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Só mais um Domingo...

Só mais um domingo, milhões de crentes com suas Bíblias nas mãos saindo para suas comunidades Cristãs.  

Só mais um domingo, uma espiritualidade esquecida no dia a dia é buscada em ritos religiosos.


 Só mais um domingo, aqueles que não olham para o lado continuam discursando sobre generosidade. 

 Só mais um domingo, auditórios lotados para ouvir discursos irrelevantes.


 Só mais um domingo, homens com suas bíblias nas mãos pregam suas verdades absolutas. 

 Só mais um domingo, pessoas de bem correndo atrás de sua benção, seu milagre prometido por alguém. 

Só mais um domingo, Cristo ressurgindo enquanto nos outros dias permanece morto nos corações.

Só mais um domingo, apenas um domingo, apenas o domingo. 

 Victor Capucho & Rafael Lazarini .